11 dezembro 2007

Nosso Filme Imaginário.


Hei meu amor
ainda não foi como nos filmes.

Sentimos a dor real,
sem o herói do final
sem o acaso que uni todas as coisas.

Com lágrimas reais
de sofrimentos distintos e reais.

Não é como nos filmes,
sem os mocinhos,
sem as damas aguardando
um amor pra vida toda.

Hei meu amor,
as decepções são verídicas
presenciadas pelo destino
que tem fim
nesse filme imaginário.

Vamos sofrer
como todos os outros sofreram
pensar no outro como nos filmes
e viver depois dos créditos.

Nem pense no amor infinito
nesse nosso filme de vidas
reais o infinito é finito
e das lembranças vamos viver.

Sem o beijo no final,
sem o herói aguardado,
com o amor de memórias
e sem créditos no final.

E ainda sim
felizes seremos meu amor.

(Thiago Ajairon)