11 dezembro 2007

Nosso Filme Imaginário.


Hei meu amor
ainda não foi como nos filmes.

Sentimos a dor real,
sem o herói do final
sem o acaso que uni todas as coisas.

Com lágrimas reais
de sofrimentos distintos e reais.

Não é como nos filmes,
sem os mocinhos,
sem as damas aguardando
um amor pra vida toda.

Hei meu amor,
as decepções são verídicas
presenciadas pelo destino
que tem fim
nesse filme imaginário.

Vamos sofrer
como todos os outros sofreram
pensar no outro como nos filmes
e viver depois dos créditos.

Nem pense no amor infinito
nesse nosso filme de vidas
reais o infinito é finito
e das lembranças vamos viver.

Sem o beijo no final,
sem o herói aguardado,
com o amor de memórias
e sem créditos no final.

E ainda sim
felizes seremos meu amor.

(Thiago Ajairon)

21 novembro 2007

O Mais Importante.


Te amar agora nem é o mais importante,
sentindo essa dor,
remoendo o resto
o que sobrou desse eu amargurado.

*

Mudar minha vida foi em vão,
e às vezes sinto falta
das lagrimas que não derrubei.
Ou simplesmente
arrependo-me de viver aquilo
por está vivendo isso hoje.

*

Mostrar-me forte...
isso sim está se tornando
cada vez mais difícil.
Enquanto meus pedaços estão
sendo destruídos
dentro dos meus pensamentos,
levados a você.

*

Enquanto memória existe,
só me faz lembrar
nem sei por que.

*

E ter que ver
sem saber ao certo
das coisas que virão por ai,
sem sentir ao certo
meu orgulho destruído por alguém ausente,
sem viver ao certo.

*

E te amar agora nem é o mais importante.

(Thiago Ajairon)

13 novembro 2007

Os Dias


As manhãs continuarão
sem brilho, sem gritos, com nada,
no tédio da falta.

*

As horas serão mais lentas, retrogradas
e no olhar perdido, mal visto
não consigo ver
a presença.

*

O jeito dos momentos, todos eles,
e a alegria neles pertencentes
será somente nostalgia
sem a alegria.

*

Nas tardes muitas vezes irritantes
pela mesmice sem fim,
pelo silêncio quebrado,
no gosto amargo
a falta será cada vez mais presente.

*

E a noite...
Oh à noite!
Será por muitas vezes
e cada vez
mais vazia.

*

Pela falta.


(Thiago Ajairon)